quarta-feira, 11 de julho de 2012

Palmeiras empata com Coritiba e é campeão invicto da Copa do Brasil 2012

Marcos Assunção chora no fim do jogo e desiste da aposentadoria
Enfim, chegou o momento. Doze anos depois de sua última conquista nacional, o torcedor do Palmeiras já pode gritar novamente "é campeão" aos quatro ventos do País. Ao empatar em 1 a 1 com o Coritiba no Couto Pereira, nesta quarta-feira (11/7), o Verdão sagrou-se bicampeão da Copa do Brasil 2012, e de forma invicta. 

Com oito vitórias e três empates em onze partidas, a equipe garantiu o título na partida de ida, quando venceu por 2 a 0, e só administrou o segundo jogo, no Paraná. De quebra, o Palmeiras deu o troco no time que o massacrou por 6 a 0 nas quartas de final desta mesma competição.

Além da vaga na Copa Santander Libertadores 2013, o título garante o volante e capitão Marcos Assnção por mais um ano. Aos 36 anos, o jogador planejava se aposentar em dezembro deste ano, mas ficará mais uma temporada para disputar a competição continental. Autor da assistência no gol de empate, Assunção foi às lágrimas após o apito final do árbitro.

O adversário, por sua vez, amarga o vice-campeonato pela segunda vez seguida. Em 2011, o Coxa perdeu o título para o Vasco no mesmo estádio da decisão desta quarta-feira (11/7). Na ocasião, o time paranaense também precisava reverter o resultado do primeiro jogo, quando perdeu por 1 a 0. E conseguiu, mas a vitória coritibana por 3 a 2 dava o troféu à equipe vascaína, devido aos gols marcados fora de casa.

O jogo

Coritiba abriu o placar e se animou, mas Palmeiras reagiu rápido
A partida começou com o que já era esperado: o Coritiba pressionando muito e o Palmeiras tentando se defender. Mas isso durou menos de dez minutos, já que a equipe paulista "acordou" e passou a buscar o jogo. No primeiro lance de perigo, Rafinha fez bela jogada para o Coxa e se jogou na entrada da área, levando cartão amarelo. 

O Palmeiras respondeu rápido, com ajeitada de Mazinho e chutaço de Juninho, que obrigou o goleiro Vanderlei a fazer ótima defesa. A partir daí, a partida passou a ficar mais aberta e atraente. Entretanto ambos os times eram prejudicados pelo péssimo estado do gramado.

Na sequência, os lances de perigo foram diminuindo e deram lugar às faltas. Aos 20 minutos, Thiago Heleno se arriscou no ataque e sofreu falta. Na cobrança, Marcos Assunção quase fez. O Coritiba também teve uma cobrança perto da área, mas a cobrança esbarrou na barreira. 

Vitória na prancheta Técnicos tiveram participação direta nos gols
Aos 27, o capitão palmeirense voltou a assustar em outra cobrança de falta. desta vez, a bola passou bem mais perto do gol e chegou a balançar a rede pelo lado de fora. No minuto seguinte, Everton quase abriu o placar para o Coritiba. Cara a cara com o goleiro Deola, ele chutou colocado e a bola passou rente à trave.

Com 27 faltas em 33 minutos, o jogo passou a ser mais solto e faltoso, mas não tão bonito como antes. Prova disso foi Thiago Heleno sendo carregado de maca ainda no primeiro tempo. O zagueiro não voltou mais a campo e foi substituído por Leandro Amaro. 

Aos 35 minutos,  a equipe paranaense pressionava um pouco mais. E quase chegou ao gol, em cabeçada de Pereira que passou bem perto do gol, após cobrança de escanteio, aos 39. E o Coritiba seguiu arriscando mais que o Verdão até o fim da primeira etapa.

Segundo tempo eletrizante

Iluminado Betinho substituiu Barcos e não decepcionou. Atacante fez o gol de empate
Com Ayrton no lugar de Jonas, o Coxa volta do intervalo disposto a decidir logo e tirar a vantagem palmeirense. No primeiro lance, Pereira quase abre o placar ao tentar desviar cobrança de falta da equipe paranaense, mas chega atrasado e não consegue encostar na bola. Aos 6, Everton recebeu, entrou na área e chutou longe da meta palmeirense.

Os minutos que seguiram no início da segunda etapa foram muito parecidos com os primeiros lances do primeiro tempo. O Coritiba pressionava bastante e o Palmeiras se defendia a qualquer custo. Ciente disso, o técnico Luís Felipe Scolari coloca o atacante Luan, que voltava de contusão, no lugar do meia-atacante Daniel Carvalho aos 12 minutos no time do Palmeiras. 

Dois minutos depois, o treinador do Coritiba, Marcelo Oliveira, responde substituindo Sérgio Manoel pelo meia-armador Lincoln. Aos 16, as duas mudanças do Coxa fizeram efeito. Lincoln sofreu falta e Ayrton cobrou com perfeição, acertando o ângulo do goleiro Bruno. O gol mexeu com os nervos palmeirenses e deu ânimo ao elenco coritibano.

Mas o desespero durou pouco. Em cobrança de falta, Marcos Assunção levantou a bola na cabeça de Betinho, que mandou para as redes de costas para o gol. O atacante substituia o goleador Hernán Barcos e era alvo de dúvidas quanto a sua capacidade de substituição. 

O gol de empate obrigava o Coritiba a fazer mais três gols para ser campeão. Já não havia mais a possibilidade de pênaltis, ou goleava por três gols de diferença ou lamentava mais um vice-campeonato. O nervosismo passou para o lado paranaense, que passava a perder a batalha contra o tempo. E Scolari se dispôs a dificultar mais ainda para o Coxa, com Márcio Araújo no lugar de João Vítor.

Aos 28, Assunção (sempre ele!) acertou a trave em outra cobrança de falta. Desta vez, a redonda tinha endereço certo, pois mirava o ângulo de Vanderlei. Felizmente para o goleiro, a curva não foi suficiente para balançar as redes. Infelizmente para o Palmeiras, Luan sentiu a coxa segundos depois, mas Felipão já havia esgotado as três alterações.

Visivelmente abatido, o Coritiba já não apresentava o mesmo ímpeto do começo dos dois tempos de jogo. E o Palmeiras passou a jogar solto, como se estivesse em casa. A torcida correspondeu e iniciou os gritos de olé já aos 30 minutos. O Coxa respondeu com Rafinha enfileirando a defesa adversária e carimbando a trave. Mas o lance não calou a torcida visitante.

Àquela altura, mesmo em menor número nas arquibancadas, os palmeirenses não paravam de cantar. Foram mais de 10 anos de espera. A torcida já não aguentava mais. O Coritiba também não. Com o título garantido, restou ao Palmeiras administrar a troca de passes e esperar o árbitro encerrar a decisão. Ainda deu tempo para Pereira conseguir a "proeza" de levar dois cartões em menos de cinco minutos e ser expulso. Um aos 43 e o outro aos 46.

Botafogo estraga festa do Corinthians e vence em pleno Pacaembu

Timão era goleado até os 44 do segundo tempo
Na entrega das faixas de campeão da Copa Santander Libertadores 2012, quem fez a festa foi o Botafogo nesta quarta-feira (11/7), pelo Campeonato Brasileiro 2012. E em pleno Pacaembu. 

Com dois gols de Elkeson e um de Paulo André (contra), a equipe carioca vencia de goleada até os 44 minutos do segundo tempo, quando o zagueiro Chicão descontou para o Timão em cobrança de pênalti.

A partida havia sido adiada devido à participação do time do Parque São Jorge no torneio continental. Com cinco pontos em 24 disputados, o Corinthians perdeu uma grande chance de sair da zona de rebaixamento. 

Como era o único dos quatro últimos a entrar em campo hoje, bastava uma vitória simples para pular três posições e escapar da "degola", mas estacionou na 19ª colocação e é o vice-lanterna do Brasileirão. O Botafogo, por outro lado, passa o São Paulo e chega ao G4 (Zona de Classificação), com 15 pontos.