quinta-feira, 5 de julho de 2012

Corinthians vence o Boca e conquista a primeira Libertadores

Finalmente, após dez tentativas, o tão sonhado dia chegou. Ao vencer o Boca Juniors por 2 a 0 ontem, no Pacaembu, o Corinthians conseguiu enfim se sagrar campeão invicto da Copa Santander Libertadores, a primeira de sua história. Como de costume, a equipe brasileira não encantou, assim como seu adversário, mas fez o que se esperava dele. 

Com dois gols de Emerson Sheik, que vem sendo iluminado em decisões, Timão e Boca inverteram os papéis. O experiente Boca Juniors, segundo maior campeão da história do torneio, jogou como time inexperiente, nervoso, o que normalmente ocorreria com o Corinthians.

Mas a equipe do parque São Jorge, contrariando tudo e a todos, venceu com a frieza e objetividade de um time experiente na competição, como se já tivesse sido campeão várias vezes. Enfim, jogou como se fosse o Boca. E Davi encarnou Golias, enquanto o tal "bicho-papão" ficou trancado no armário, com medo da escuridão que por tantas vezes foi sua aliada.

Este foi o pior time do Boca que eu vi em uma decisão e isso ficou bem claro quando o experiente zagueiro Schiavi repôs a bola nos pés de Emerson, na jogada que resultou no segundo gol que fechou o caixão azul e amarelo. Ao passo que jamais vi um Corinthians tão objetivo e tão sólido defensivamente. Um time sem craques, porém com um craque diferente para cada jogo. Um guerreiro para cada combate. A cada confronto, bastava um louco desse bando de loucos.

O Corinthians  foi campeão sem asteriscos. Superou, em seis jogos seguidos, o atual campeão da Copa do Brasil, o atual campeão da Libertadores e o maior vencedor do torneio continental da última década. Além disso, tomou apenas quatro gols e não perdeu jogo algum.

Agora, o atual campeão nacional e continental muito provavelmente deixará o Brasileirão de lado para se preparar para o Mundial Interclubes, no Japão, em dezembro. Até lá, ainda há muita coisa a se fazer. Leandro Castán fará muita falta a este time e pode prejudicar a consistência da defesa se a vaga não for reposta à altura.

Por outro lado, Romarinho estará bem mais experiente. Apesar de muitos "craques instantâneos" que se perderam no tempo, muitos acreditam no potencial deste rapaz, que não deve ser apenas mais um, como Lenny, Maikon Leite, Lulinha e Tayson foram um dia. Independentemente disso, a união deste grupo representará muito bem o País no fim do ano. Quem viver verá.

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